“Ao analista algo também deve lhe faltar, pensamentos que somente estando sob esta lógica, a da castração, que ele poderá fazer o deslocamento necessário para assumir o verdadeiro lugar de analista que cada analisante na sua subjetividade e pela transferência demanda” (Giacomoni, 2009, p. 27).
A formação do analista é um processo interminável, não só porque exige leitura e estudos constantes para o resto da vida, mas porque também há um processo de formação no próprio trabalho clínico o tempo todo.
Aprecio a maneira em que a autora Fuks (2007) menciona o texto de Philippe Julien ao propor que a transmissão da psicanálise consiste na instauração de duas passagens: uma do analisando, que se torna analista em sua prática; outra do analista, que se torna analisando em público, isto é, quando dá conta do saber psicanalítico num lugar de comunicação e partilha.